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Observo, me aproximo,  me fundo ao ambiente, olho, finjo de bobo, saio, recuo, me camuflp, revelo minhas boas intenções apenas com um sorriso, chego as vezes rápido outras bem devagarinho, estilo mineirinho sabe?Me frustro, tenho fome de momentos, não me contento com a primeira vitória. Quero sempre mais, muito mais. Sou invisível? Difícil com 1,82 e 98kg.  Talvez bem visível mas discretinho não? Este jogo da aproximação é um baile quase um cortejo. A permissão na maioria das vezes é tácida, sem que o outro diga:
– Venha, pode me fotografar.

Ele envolve pessoas e por isso não obedece  regras. Não há livros que ensine a técnica. Aliás, as técnicas, que são mais intuitivas que nunca. Só me resta entender melhor os seres humanos e suas motivações. Loucura, sei que pode ser visto assim. Que ISO que nada! Fotografia? Fotografia coisa nenhuma! Trata de enxergarmos a vida como ela é….ou melhor, como queremos que ela seja.

E depois de entender as regras de cada partida, regras particulares, de cada um que fotografo, me resta agir, seguir meus instintos  e capturar algo além do óbvio… O momento entre momentos, o delírio sutil dos seres humanos se relacionando, que pode acontecer em qualquer espaço, local ou hora.

Ah,  e isso também certamente acontecerá em um casamento.  O fascínio deixa de ser apenas duas pessoas, uma de branco e a outra de preto.  Eu,  fotógrafo,  ganho uma injeção de ânimo e as gerações futuras, ainda lá em cima, em uma reunião PRÉ NEWBORN nos agradece de antemão.

Que a fotografia continue sendo um meio, meu passaporte com visto para qualquer lugar. Basta eu embarcar sem medo e despido de preconceitos.

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