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Há muito tempo não escrevia aqui algo polêmico pelo fato de dar muito trabalho. Posts assim me exigem uma cautelosa resposta aos leitores e isso me toma tempo. Polêmica é polêmica não é verdade? Vou mais uma vez com cuidado para que não pareça que estou fazendo acusações levianas e infundadas ou que estou aqui para aparecer. Não mesmo!

Este fim de semana fotografei pela segunda vez um casamento em Juiz de Fora, uma cidade pela qual tenho muito carinho. Gosto muito do clima, das pessoas bacanas que nela vivem. Fotografei no último sábado uma cerimônia na Igreja da Glória, uma igreja muito bonita, fotogênica mas nem um pouco receptiva.

O que acontece na Igreja da Glória é que ela impede qualquer profissional, seja da fotografia, vídeo, cerimonial ou quem quer que seja de se aproximarem do altar. O sacristão chegou ao cúmulo de me chamar antes da cerimônia e dizer:

Sacristão: Ei fotógrafo, você já sabe as regras?

Eu: Sim sacristão, já sei. Não se pode subir no altar.

Ele: (sem graça). Isso, você só pode ir até o piso fosco. Não pode caminhar no piso brilhante.

Eu pensando: Como assim Bial? Piso fosco, brilhante, lajota, granito, pastilha, cerâmica. Muita informação. Vou fotografar  olhando pro chão agora?

A minha primeira reação foi de raiva pois desta forma eu não conseguiria fotografar a Mariana e o Fernando de frente. Não havia acesso a eles. Além disso estava há 8 metros deles. Robert Capa iria sofrer com isso. Não era dele a célebre frase… “Se sua foto não está boa o suficiente, você não está próximo o suficiente”. Logo me acalmei, coloquei a 135mm que quase não sai da bolsa e disse a ele:

Eu: Posso então sobrevoar o altar?

Ele: (mais sem graça ainda) Infelizmente são ordens!

Sim, são ordens. Ordens de quem, penso eu, de Jesus? A igreja para mim é supostamente a casa dele. Agora por acaso o Jesus não era aquele cara simples que nasceu numa caminha de palha no meio do nada? Aquele que andava descalço e comia pão com peixe? O tal que dizia que todos éramos irmãos. O que nos pediu que amássemos ao próximo como a nós mesmos? Jesus pra mim foi exemplo de humildade. Vixe, fiquei confuso. Eu sei que Jesus certamente lavaria meus pés! O que fica difícil entender é se pensando assim, será que ele proibiria eu e meus colegas de trabalho, suposto filhos dele, de caminharmos no piso brilhante da Igreja da Glória de Juiz de fora?

A maior parte dos obstáculos, durante as cerimônias, é imposto pela igreja católica. Sou testemunha disso. Já fotografei casamentos católicos em Belo Horizonte, Londrina, Curitiba, Feliz, Juiz de Fora, Florianópolis, Rio de Janeiro, Búzios, São Paulo e em diversas outras cidades grandes e pequenas no Brasil e fora dele. Posso dizer que já vi de tudo, e como vi. Cada igreja possui suas próprias regras que aliás são sempre bem vindas para que a coisa funcione.

Já fotografei também diversos casamentos Judaicos nos quais os Rabinos normalmente foram muito receptivos e não se molestaram com a nossa presença. Nos casamentos budistas, os monges estão mais preocupados com a paz interior, eles sabem que ela vem de dentro. Nos casamentos evangélicos já vi pastores sairem da minha frente na hora do beijo para facilitar meu trabalho. Já vi mãe de Santo me instruir no meio da cerimônia sobre os próximos passos do ritual. Um dia ainda quero fazer um livro sobre cerimônias. Estou juntando material para isso.

Não vou aqui ser injusto e dizer que em todas as igrejas católicas sou mal tratado mas sou categórico em dizer que  80% dos problemas que tive nas cerimônias estão em 20% daquelas igrejas que fotografei. Coincidentemente ou não eram todas elas Católicas, todas , sem excessão.  É a lei de Pareto mais uma vez em ação.

Talvez isso explique um pouco por que tanta gente hoje prefere fazer cerimônia e festa no mesmo local. Tá aí algo para se pensar não?

É preciso dizer que quem conta a história de momentos tão importantes como os casamentos somos nós, fotógrafos e videógrafos. Não estamos ali para brincar. Jesus quis que seu trabalho fosse contado depois de morto através do Evangelho não? Se existisse fotografia na época, tenho certeza que o Messias teria chamaria um fotojornalista na Santa Ceia, ou no mínimo não impediria que ele não se aproximasse.

Estou certo também que alguns profissionais da minha área agem com desrespeito para com os templos perturbando e tirando a harmonia durante a cerimônia. Existem profissionais e profissionais, assim como igrejas e igrejas católicas. Já ouvi diversos casos de profissionais, que atrapalham as cerimônias mas estes também se enquadram na lei de Pareto. São minoria e devem ser esclarecidos e devem ser chamados para que respeitem o ritual.

O meu único objetivo com este post é gerar reflexão por parte daquelas Igrejas que nos querem distantes assim como por parte dos fotógrafos  e videógrafos sem noção que muitas vezes impedem que a própria família acompanhem a celebração.

Deve haver uma outra solução a não ser essa, a proibição que é ignorante, inexcrupulosa e desrespeitosa para com o casal que não tem absolutamente nada com isso. Bom senso  e diálogo é a única palavra que me vem em mente agora. Quantas vezes os padres com muita educação já me chamaram antes com algumas recomendações e pedidos plausíveis?

Meus pai sempre me ensinaram que o forma de pedir algo é muito importante. Quem grita ou apela perde a razão no meu ver. E o melhor de tudo é que a cortesia sempre gerará cortesia.

Um abraço a todos os leitores, fotógrafos, videógrafos e líderes religiosos. Ninguém é mais importante que ninguém nessa história.

Somos todos iguais!

Comentários

Posso me meter na sua postagem? Não sou profissional do ramo, mas esse fato me diz respeito pois nesse fim de semana a minha filha de 9 anos foi dama de honra. Ela entraria dançando balé, ensaiou um mês inteiro e a coreografia ficou muito linda e delicada. Na hora de entrar na igreja, a assistente do padre disse que não poderia entrar dançando e que não poderia jogar muitas pétalas porque eram regras da igreja… que decepção! Ensaio, figurino, cabelo, sapatilha… e a decepção da criança, dos noivos e dos convidados que estavam esperando a homenagem.

Olá, Vinícius!! Tudo bem?

Seu post veio a calhar sabe por que?? Porque aqui em Juiz de Fora, infelizmente, não há união entre os profissionais.
E já passei por antipático, por não aceitar essas regras da Igreja da Glória e principalmente, por ser um dos únicos que cria polêmica com isso. Ou seja, todos os demais aceitam e se curvam a essas babaquices. Sim, porque são babaquices!! Todos querem bancar o politicamente correto, agindo com diplomacia, pra não perder serviço, mas se esquecem de que quem perdem são os seus clientes!!Se todos dissessem para seus noivos: Lá nós não trabalhamos por causa disso, disso e disso, queria ver se essas proibições absurdas continuariam acontecendo.
O pior você não sabe. Há um tempo atrás, havia uma GAIOLA, isso mesmo, uma GAIOLA DE FERRO, de onde fotógrafos e videógrafos não podiam sair de forma alguma. Você tinha que enfiar sua lente entre grades pra fotografar. É mole? Por que tiraram não sei. Acho que a coisa era tão escabrosa que eles mesmos se envergonharam disso.
Já houve casos de o fotógrafo ser chamado atenção pelo padre NO MICROFONE, o que extrapola tudo que pode ser chamado de ridículo!
Faço minhas as suas palavras. Obrigado por FALAR e não se curvar a essas idiotices que só prejudicam o trabalho dos profissionais e especialmente os casais que, como você disse, não têm nada com isso. Gostaria muito, se possível, e se você autorizar, com o devido respeito aos créditos, de reproduzir esse seu texto em meu blog, como forma de propiciar mais um canal, para que essa sua importante avaliação seja ainda mais vista e como forma de dizer a todos que já não somos apenas nós juizforanos que estamos cientes do que ocorre na Igreja da Glória. A vergonha já extrapolou os limites do município, infelizmente! Caso você autorize a reprodução em meu blog, peço sua gentileza de enviar a resposta por email. Muito obrigado e parabéns pelo seu trabalho!!

Se eles agem assim, pensando que só os “santos” e sem pecados que podem subir no altar, já estão pecando. A Bíblia diz que só Jesus foi e é o único SANTO, os outros são pecadores!!!!mas isso não é coisa da igreja, é coisa de homem…

Colega,
veja em meu facebook (CALINO Antonio José Moura) o que acabei de postar. E parabéns pelas suas sensatas palavras.

É por esses e outros motivos que eu simplesmente DESISTI da me casar na Igreja. Além disso a igreja que eu havia escolhido me casar ainda tinha que pagar uma taxa se eu quizesse uma equipe de foto e filmagem que não fosse a indicada por eles … É triste, tinha vontade mesmo de me casar na igreja, mas fiquei com tanto ódio que desisti mesmo…

Correção do comentário acima, comentário 64.

Quanto ao comentário de nº 65 do Anísio Henriques quero completar o que o Vinícius disse.
Não se trata de obedecer ou não as regras e sim do abuso das igrejas de não nos deixar trabalhar.
As igrejas impõem suas regras absurdas de que não podemos nem pisar no altar, e no caso da igreja citada pelo Vinícius eles dizem que só podemos ficar do lado direito pois o lado esquerdo é para os músicos mas o maior absurdo é a forma que isto nos é imposta, na maioria das vezes na maior ignorância.
Veja meu outro comentário, o de nº 23 e entenda a forma como estamos sendo tratados pelas igrejas.
Fica aqui meu repúdio ao tratamento e as regras absurdas.
Somos profissionais, merecemos respeito.
E como já disse também, as fotos que ví, desde casamento, feitas pelo Vinícius ficaram ótimas, acho que o ocorrido serviu de mais inspiração para o Vinícius mostrar seu talento.
Abraços

“Posso então sobrevoar o altar?” Amei!!! kkk

Heribelthon Martins Vieira

O Problema não são as regras normais e sim as absurdas, quando vou fotografar em qualquer ambiente procuro ser o mais discreto possível, se eu fotografar um evento na casa do cliente (as veses tem aniversários em que as pessoas preferem comemorar em casa com família e amigos mais próximos)jamais vou entrar na cosinha e tirar água da geladeira, assim como também nas igrejas jamais vou pegar o vinho do padre ou mexer nas hóstias, então tem igrejas católicas cheias de frescuras que não levam a nada, ja ví alguns fotógrafos sem ética as verses atrapalhando, mas não podemos pagar por estes, acho que eles deviam observar um pouco a gente discretamente e se tiver que fazer alguma recomendação que o façam discretamente. Heribelthon Martins Vieira FOTÓGRAFO Nova Russas-Ceará.

Se o problema é não pisar na parte brilhante para não arranhar o piso, nos avisem, sacristãos!! Nós não nos incomodamos em fotografar de pantufas. Concordo com as regras, mas muitas são impostas e com certeza haveriam formas sensatas de serem “quebradas”. Parabéns, Vincius!!

Vinícius, recentemente vc passou por nossa cidade, João Pessoa, com mais um workshop, infelizmente não tive agenda para fazê-lo, mas fica a minha admiração pelo seu trabalho.

Como fotógrafo e cristão católico, já passei por situação semelhante várias vezes, mas como costumo dizer nas oficinas de fotografia que realizo, em todas as profissões temos que ter sabedoria para superar as adversidades, não é mesmo? e o fotógrafo (a fotografia) não estão isentos disso.

Te pergunto: se alguém chegar à sua casa e, sem que você permita, adentre à cozinha, abra a geladeira e sirva-se de um pouco dágua, como você se sentiria? Assim também é o “recinto” igreja, não é por ser a casa de Deus, Jesus, do povo…que a mesma não está sujeita a regras. É preciso compreende-las e, na medida do possível, aceitá-las.

Meu pai, no alto de seus oitenta anos de idade, um homem rústico do interior, dizia: “se alguém entrar em minha casa sem a camisa, eu me verei na obrigação de tirar as calças”. Dizia isso, pois achava um desrespeito que alguém, conhecido dele ou não, adentrasse nossa casa sem portar tal peça de vestuário,

Quando vou realizar uma cobertura fotográfica de casamento em uma determinada igreja, que possui restrições quanto ao trabalho do fotógrafo, faço uma advertência aos noivos. Pergunto se eles já conhecem tais regras e se estão conscientes dos efeitos que elas trarão para as fotografias.

Creio que você, administrador por formação, não terá dificuldades em lidar com tal situação e ampliar seus conceitos.

O tema realmente polêmico, é terreno muito arriscado de se pisar! No mais deixo meu forte abraço e adimiração, por você e seu trabalho. Fica com DEUS!

Anísio,

Existe uma grande diferença em pisar no altar e entrar na cozinha abrir a geladeira. Quanto as regras, se vc ler bem o post vai ver que eu acho que devam existir sim regras. No entanto regras que protejam o patrimônio, e não regras absurdas que protejam o EGO. Lembre-se desta palavra pois ela é um inimigo de muitos, inclusive de fotógrafos, EGO!

Como você pode ver com o número de comentários, não se trata de uma reclamação isolada. É GERAL.

Abs e obrigado por contribuir.

Vinicius, aqui em Franca-SP, é exatamente assim.. 70% das igrejas católicas nao permitem que fotografemos pelo altar… Mas fazer o que.. temos que trabalhar… mas infelismente é assim.. sou católico, e acho uma tremenda falta de ética das igrejas que agem assim.. #ficaadica. Abraço

Aluizo Nunes de Sousa

Vinicius, adorei esse post. Estava mesmo precisando agente iniciar esse movimento. Já passei por isso varias vezes e como isso nos chateia, exatamente na hora em que o profissional precisa estar em estado de espirito de paz total para realizar um bom trabalho. Parece que os padres acham que agente não come e nem paga contas, nem tem familias para sustentar, ignoram o fato de que Deus dá para cada um, uma profissão, e a nossa é ser fototografo?
Encaminhei este post para um amigo e colega de profissaão que é muito ligado à Igreja catolica. Vamos nos engajar nessa campanha, espero que os padres não nos expulsem a chicotes quando estivermos trabalhando.
Aluizo Nunes

Olá! como vc mesmo disse, quem grita perde a razão! e quando eu sou impedido de pisar na parte brilhante do altar e alguém ou até mesmo o Padre grite ou fale de uma forma desrespeitosa é ai que eu piso mesmo… so que de uma forma sutil = Ninja . Eu sempre falo com os meus freelances , “Gente!!! presta atenção no trabalho!!! se for algo que vá atrapalhar a cerimonia , NÂO FAÇA, !!!MAS se vcs verem que é alguma exigência besta …nem escutem… e por ai vai!!! tem 5 anos que levo esse lema muito a sério e até hoje nenhum padre e nenhum membro de igreja n os chamou a atenção…isso é uma “coceirinha na vontade de aparecer” e no fim nem eles mesmo se lembram! do piso brilhante.
Mas uma coisa é fato! todo bom fotógrafo tem que respeitar. e ter o bom senso de não atrapalhar de forma alguma o que for. Abraços a todos

Concordo com a maioria dos comentários.
Mas como já foi citado por outro colega, a cooperação dos padres e pastores com todos que estão
trabalhando em um casamento, o torna mais organizado e bonito.
Como exemplo do Padre Fernando da Igreja do Loyola, que é um paróco CARISMÁTICO, excelente profissional, bem humorado, seus casamentos são inesqueciveis.
Ele é um exemplo de como o bom senso e uma boa didática pode deixar uma cerimonia perfeita para os noivos, familiares, convidados e todos que estão a trabalho.
Tudo flui com harmonia, e a gente sai do evento com a alma lavada e acarinhada.
Não é a toa que ele é o Padre mais procurado pelas noivinhas.
Então temos sim que reagir aos maus tratos e ter sempre uma postura profissional e ética.
Eu tenho uma lista de igrejas que eu não fotografo mais, e falo para as noivas o porque.
Algumas até resolvem trocar de igreja depois de saber de alguns detalhes.
Afinal o dia de um casamento deve ser perfeito e sagrado.
Vinicius vc disse tudo muito bem.
Parabens pelo post.
Abraço.
Sandra Rocha.

olá, concordo com o nobre colega, atualmente trabalho no interior e as coisas fluem muito mais, sou amigo de todos os padres e pastores. Os Pastores aqui fazem como o do nosso amigo, esperam e até nos orientam a melhor posição para fazermos uma boa filmagem e fotografia. Aconteceu comigo há mais ou menos 6 anos, estava filmando em uma igreja na cidade de contagem, imagine! Após a chegada dos noivos no altar (em frente ao padre), para não atrapalhar eu passei por trás de uma grade que cerca o altar, lá bem no cantinho… o Padre parou a ceimonia me chamou lá na saleta dele e disse: “se eu voltasse a passar naquele local ou se não ficasse bem quietinho na posição que ele queria, ele me poria pra fora da igreja”. Eu disse pra ele: tudo bem, mas vou avisar aos noivos primeiramente o que está acontecendo.
Ele pegou no meu braço e tentou me impedir. Falei pra ele que entao iria chamar a policia assim que ele me colocasse pra fora, aí sim faria o maior escandalo. Parece que ele se intimidou e saiu zangado pra lá e eu voltei e fique na minha, trabalhando e fazendo o que achava necessario. Após a a celebração eu contei para os pais dos noivos, eles nao acreditaram! Lá nessa igreja, acredito que este padre nem sabe quem está casando, pois tem casamento de 20 em 20 minutos. É mole?

É, pelo jeito seu post virou polêmica. rsrs. Concordo plenamente com tudo o que disse. O pior é ter que ouvir calado, muitas vezes com a ameaça de sermos impedidos de realizar nosso trabalho em outra ocasião. Isso acontece também com os Cerimonialistas. Você sabe que em muitas igrejas somos impedidos de chegar próximos ao altar, mesmo que a pedido dos noivos. Uma situação constrangedora e de falta de respeito pelo nosso trabalho e aos nossos clientes. Ainda bem, que essas situações ainda são minoria. Parabéns pela coragem do desabafo! Beijos

João Bosco Nunes

Isso é ruim demais passo por isso sempre, e olhar que sou católico mais o padre da Igreja em Del Castilho
é assim é muito difícil de fazer boas fotos.

Já passei por isso, sei o quanto é ruim.
E o pior, foi na minha primeira experiência como fotógrafa profissional. Dia dificil..
Nada contra, mas a igreja também era católica. Parece que os Padres tem um receio maior em relação ao altar ou as proximidades dele.

Este post me fez lembrar o sentimento daquele dia.

Olá Vinícius.

Gostei muito dos comentarios,mas não entendo o porque de tantas regras afinal é um dia especial para os noivos e o fotografo não esta la para fazer malabarismo,somente queremos clicar cada momento e fezer as fotos que diferença vai fazer de ficar proximo demais ou não entendo que tudo tem limite.
Mas a igreja poderia ser um pouco mais flexivel,afinal ela ja mudou suas regras tantas e tantas vezes é a casa de Deus o problema que são administrada por homens que se ve como donos …

Você está com toda a razão!!!
Por essas e outras que a igreja católica está , a cada dia que passa, perdendo devotos!!!
Já desisti de fazer 1ª comunhão…..um desgaste que nenhum valor paga!!!
Ótima colocação, Vinícius!!!

Vinícius, passei por isso várias vezes, imposições da Igreja Católica. Uma delas foi na Igreja São Gonçalo, em Contagem, um casamento inteiro feito do “andar” de baixo, já que o altar era num nível mais alto. Dificulta muito nosso trabalho, a Igreja é patrimônio histórico, mas acho que subir no altar não vai gastar o patrimônio, que é de todos. Os noivos ficaram prejudicados com os poucos ângulos em que eu podia fotografar, sem falar no pessoal do cerimonial da própria Igreja que ficava cercando a gente.

Como você disse, a maioria dos problemas em exercer o meu trabalho com cuidado e inovação vem dos “não pode” das igrejas católicas. Nas cerimônias evangélicas, espíritas, e outras cerimônias que tenho feito, os celebrantes/ou igrejas são mais respeitosos e menos arrogantes. (Sem falar que se preocupam mais em fazer um sermão que seja apropriado a cerimônia, como falar de amor ao invés de xingamentos.)

Idem para batizados, esse final de semana fotografei um batizado na São Paulo da Cruz, no Barreiro, e lá a ajudante do celebrante te cerca, fica colada no padre, mesmo nas horas pontuais dos rituais na criança (unção por exemplo) e pede para você NÃO fotografar, o tempo todo! Está muito difícil trabalhar com a Igreja Católica, adoro quando a celebração é no mesmo local em que será a recepção.
Abraço.

Oi Vinicius tudo bem? achei fantástica a forma com que você abordou este assunto, creio que você foi na raiz da questão, não tenho duvidas que Jesus seria o primeiro a reprovar as atitudes destas igrejas, pois afinal a missão da igreja é falar do amor de Cristo e não de causar constrangimento as pessoas.
Na verdade como você mesmo disse isso já acontece já faz muito tempo, já aconteceu com quase todos os fotógrafos de casamento e sempre tivemos que nos adaptar a esta situação, mas acredito que é bom momento para nos mobilizarmos, a fotografia de casamento mudou no Brasil, e graças a opiniões polemicas como as suas quebramos muitos paradigmas e avançamos em todos os sentidos, acho que cada fotografo em cada estado em cada cidade deve aproveitar este post e se fazer ouvir nas igrejas com estas atitudes, fazer uma reunião com o padre antes do casamento usar argumentos convincentes e impormos nossas necessidades de liberdade para trabalhar, afinal como dizia seu Pai a forma de pedir algo é muito importante, vamos lá, vamos levar a gentileza para onde ela devia estar, um grande abraço.

Muita gente já comentou, o post é importante e devemos mesmo falar, porque senão morreremos engasgados. Sou fotógrafa em Ipatinga e sofro com isso aqui. Dia desses após a cerimônia, em que eu em momento algum subi no alta (porque não pode) o padre vei chamar minha atenção, pode? Disse que eu tampei a troca de alianças e os convidados não viram, dá pra vc! Eu disse: “Padre, mas se eu não fotografar os noivos trocando alianças eles vão cobrar de mim!” O padre falou: ” Eles nao mandam aqui!” Ai eu disse: “Mandam sim, porque quem pagou o meu contrato foram eles, sua benção Padre, fique com Deus!” Saí e deicei ele lá bufando sozinho. Pelo amor de Deus, sou Católica Apostólica Romana, mas tá difícil demais,isso é o meu trabalho, o sustento da minha família, e o meu pastor tá de sacanagem comigo, assim não dá! Vou imprimir seu texto e mandar de presente pra , muito pertinente suas palavras. Abraços!

Fernanda Correia

Passei por uma situação bem parecida com esta, aqui em Itabuna – Ba. O padre foi tão mal educado a ponto que, quando a noiva estava atrasada 10 minutos ele veio atá a porta da igreja e avisou ao noivo que se ela não chegasse em 5 min ele pudesse ir embora porque não haveria mais casamento. A noiva chegou, a cerimônia começou, e na hora da entrada da noiva, eu fui ajudar a mestre de cerimônia a fechar a porta da igreja, para a noiva se aproximar, o padre enfurecido gritou no microfone na frente de toda a igreja: “abre essa porta agora, que na minha igreja eu não permito esse tipo de palhaçada não, abra logo”, e como não estava satisfeito, saiu do altar, veio até a porta da igreja e falou com a noiva pra ela deixar de palhaçada e entrar logo, que ele não tinha o dia todo não. Resultado, a noiva entrou na igreja aos prantos, se acabando de chorar e passou a cerimônia toda chorando. Eu fiquei tão revoltada com aquela situação que deixei as fotografias da cerimônia para o meu namorado fazer, e sai da igreja, só voltei a fotografar os noivos na festa. Soube que esse mesmo padre está acostumado a sempre fazer esse tipo de coisa, que etá nas músicas do casamento ele dá palpite, e que só podem ser músicas da igreja católica.

O pior de tudo é saber que não temos um lugar certo pra fazer uma reclamação, temos que escutar e ficar calados, porque como o suposto padre quis dizer: a igreja é dele e quem manda é ele.

Anderson Demário

– Passei por uma situação parecida, em que a sacristã disse que só poderia ficar até o 2º degrau, pois do 3º degrau em diante era sagrado… eu devo ser muito burro, pois achei que a igreja toda era sagrada!

Erika Vettorazzo

Oi, Vinícius.

Imagino que tenha sido realmente muito frustrante não poder subir no altar para fotografar os noivos de frente. Mas tenho certeza de que você contornou essa adversidade de maneira bem criativa e talentosa, como sempre.

Não conheço a Igreja da Glória, mas me arrisco a dizer que o motivo de você não poder pisar no chão brilhoso não foi meramente implicância com os profissionais de fotografia e filmagem.
(Não excluo essa opção…) Por se tratar de um patrimônio histórico e cultural valioso, acredito que possa ser uma medida de conservação também.

Nesse caso, por que não sugerir aquelas “pantufas” como fazem nos museus?
Fica a dica 😉

Este post esta comentando a respeito das igrejas proibirem os fotógrafos de subirem no altar para exercerem a atividade. Isto é coisa antiga, são os novatos provando os amargos (espinhos)da profissão!
Depois de 30 anos ainda se discute a mesma coisa, ou seja, nada mudou os profissionais do meio continuam cada um olhando para o próprio umbigo. Se resolvermos unir forças e não fotografar nas igrejas que impõem estas condições, vai aparecer o espertinho e se sujeitar (furar os olhos de todos).
Basta olhar a imposição do Salão de Festas IMPERADOR, só entra adastrado e pagando 10% de comissão, todos ficam calados com medo de perder a falsa boquinha.

Jonildo,

São os novatos que hoje tem nas mãos o poder mudar o que os antigos não mudaram. Então ajude e colabore com aqueles “NOVATOS” dos quais faço parte para que desta vez possamos mudar algo. Fica bom pra todo mundo, mesmo para os VETERANOS. Quanto as comissões, isso é assunto para outro post que não vou discutir aqui para não mudar o rumo da prosa. Abraços e volte sempre.

Vinicius,
Primeiro, concordo com voce totalmente. Porem, do outro lado, concordo tambem com as “regras” às vezes impostas principalmente porque há muitos fotografos que ficam fazendo malabarismos, e aparencendo mais do que os noivos…
Infelizmente, neste caso pareto se repete. Sao a minoria, como voce mesmo disse, mas por questoes de preço, concorrencia desleal entre outras, fazem 80% dos casamentos… Dai o destempero das medidas que as vezes sao impostas.
Porém, em minha opiniao, o problema das igrejas se encontra na dose destas medidas. Regras podem e devem ter.. Mas nao precisa de radicalismos, nao é mesmo?
Para terminar, gostaria de dizer que concordo tambem com o comentario da Alessandra Faria. Seu trabalho tem luz propria.

Márcio, obrigado em primeiro lugar pelo comentário. ALiás obrigado a todos pelos comentários. Em segundo lugar digo que o problema em questão aqui não é o meu trabalho. Eu me viro. Aliás um dos casamentos que mais gostei do resultado foi justamente este mas sei que muito fotógrafo pena com essas proibições que só vem a prejudicar os noivos. Era só isso. Abracos!

Vinny! Post muito legal, concordo contigo e que ele alcance lugares que façam a diferença, ajudem nessa situação!
E alias, com certeza a gente quer ver fotos desse malabarismo, porque sei que com certeza o resultado desse casamento foram lindas fotos como sempre!

Vinicius, sou de Fortaleza e a realidade aqui não é muito diferente, algumas igrejas (diga-se o administrador ou o responsável por ela) impõe alguns obstáculos que dificultam a realização do nosso trabalho isso é lamentável e reflete a meu ver a falta de união da nossa classe que necessita de uma regulamentação, pois hoje é cada um por si, não há união, pois se um se rebé-la ele está prejudicado, pois um colega não assume a mesma postura, ao longo dos anos isso tem até mudado, mas ainda falta muito.

Vinicius, com cortesia da Igreja e mesmo sem pisar no piso brilhante, tenho certeza que as fotos ficaram ótimas, pois seu trabalho brilha de qualquer jeito! Vc é o cara!

Realmente,
fui fotografar um batizado na Igreja São José em Belo Horizonte, e a primeira coisa que o Padre falou foi para evitar de ficar tirando muitas fotos.
Ele falou: Não quero saber de ninguém trançando dentro da igreja.
E quando alguém saia, fazia algo assim, ela parava a cerimônia e, com o perdão da palavra, dava um esporro.
Mais do que fazer fotos, às vezes, é preciso fazer mágica.

Infelizmente é uma prática comum nas igrejas Brasil afora…

Pode ser que alguns fotógrafos tenham pisado na bola? Pode… Infelizmente existe muita gente despreparada fotografando…
Já fotografei cerimônia inteira “de ladinho” pq havia um cordão de isolamento no altar e não poderia ultrapassar aquele cordão…
Mas esta regra é para todos que lá fotografam…

O que eu realmente fico “de cara” é com as “listinhas” de “profissionais” cadastrados nas igrejas.
Aqui em Porto Alegre – Rio Grande do Sul, existe uma igreja (agora no final do ano serão duas) que só se pode fotografar casamentos se for da “listinha” quem não for está proibido de fotografar lá…
Acho que aí sim entra a união dos fotógrafos… pq existe tal lista? Pq são os melhores ou pq existe algo obscuro nesta jogada?
Como sempre, no Brasil, criasse uma atmosfera para favorecer poucos… infelizmente será assim por muitos e muitos anos…

Minha dica as noivas: Não casem lá!
Minha dica aos fotógrafos: Digam para as noivas não casarem lá!

Igreja é negócio (não deveria, mas é), quando parar de entrar o “dinheirinho” dos casamentos a coisa muda!!! Quem sabe…

Abraços,
Allan

De todas os lugares que fotografei, São Paulo continua tendo igrejas Católicas que mais atrapalham o nosso trabalho, seja pelos impedimentos, seja pelas taxas absurdas cobradas. Tenho alertado a todos os meus noivos quando optam por casarem em determinadas igrejas, instruindo até mesmo como não pagar pelas taxas. A Igreja Cruz Torta, em São Paulo, além da taxa, NÃO se pode fotografar a cerimônia, sendo permitido somente fotografar a entrada dos noivos, a troca de alianças e cumprimentos. Fica um funcionário da igreja só observando o fotógrafo e cinegrafista. No momento das palavras do padre somos obrigados a sentar e ouvir. Isso mesmo, não podemos fotografar. Temos que ficar sentados, como os outros convidados. Um absurdo! Eu decidi não pegar mais casamentos de noivos que se casam na Cruz Torta. Hoje é minha única restrição pra fotografar, já que meu trabalho sai prejudicado. Infelizmente quando os noivos vêm até nós, sem saber dessas limitações, já fecharam com a igreja.

Acabei de passar pelo mesmissimo problema em uma igreja minima em Buzios… pequenos poderes..

Acredito que inicialmente os noivos, antes de escolherem a igreja, devem ter total noção de todas as restrições às equipes antes de fechar o local. E se nós mesmos ja soubermos do sistema, deixar claro pro casal “ok, sera nesta igreja, mas saiba que vc nao tera fotos de frente bla bla bla”. Os noivos ja pagam a igreja pra casar. É muira sacanagem e hipocrisia. Não pode pq? QUem disse? Onde ta escrito? Nos 10 mandamentos? Cada pároco faz o que quer com “a sua casa de Deus”. Bom mesmo seria se os noivos boicotassem e nao casassem nas igrejas em questão. Ia mexer no bolso deles e queria ver quem nao ia poder subir onde!

Mano, lendo teu post agora pouco, digo que recentemente fui impedido de fotografar no altar de uma das grandes igrejas de minha cidade. Acredito que o padre estranhou a movimentação no altar, pelo fato dos profissionais de vídeo também utilizarem câmeras fotográficas para o trabalho. Todos agora se locomovem com uma agilidade maior e isso deve ter deixado-o confuso na hora de saber quem era quem, pois enquanto nós estávamos em 2, a outra equipe estava em 4. E disse na maior: “peço que cesse a fotografia agora! Fiquem apenas os profissionais do vídeo…o trabalho está me distraindo e tirando a atenção dos noivos e convidados.” Foi terrível. Neste dia eu estava de 2º fotógrafo e fiquei super preocupado porque ninguém interveio diante da ordem do padre que nem fazia parte da igreja, tinha vindo de outra cidade só para celebrar. Penso que depois de uma dessa, todos perderam. Mas o pior de tudo foi ter que clicar no final da cerimônia, o padre, sorrindo tranquilamente abraçado com os noivos (posando para a foto).
Atitudes como essa devem ser banidas! O que me impressiona é um celebrante que passa parte da sua vida dedicando-se ao evangelho de Cristo, e outra boa parte ouvindo pessoas e aconselhando-as; não saber ponderar e contornar uma situação tão simples.

Oi, Vinícius.

Pois é, no primeiro workshop que fiz com vc, comentei dessa bendita igreja.
Imagino a sua revolta se tivesse fotografado lá há alguns anos, antes, havia grades nas laterais do altar. Ou seja, fotografávamos com as lentes entre as grades. Era ridículo e deprimente. Hoje já deu uma melhorada, afinal as grades já se foram. rsrsrrs

Como vc disse, para DEus somos todos iguais, mas para a igreja, nem sempre. Infelizmente.

Impressionante como a Igreja Católica vem colocando obstáculos e restrições aos nossos trabalhos, mas pior que isso, é criar tanta regra apenas pra abençoar uma união entre pessoas.
Mas acho que também cabe aos noivos perceberem se a casa de Deus onde escolheram receber as bençãos os respeita ou não. Digo isso, porque além de todos relatos encontrados aqui, o que me chocou vou o que disse a Carmelita. Seria inacreditável se não viesse da Igreja Católica.

Vinicius, temos a Proimagem aqui em JF, em fase de instalação, com o Ney Ladeira, o Paulinho e o Aluízio entre os organizadores, vc conheceu todos aqui no workshop que deu no Ritz Hotel, inclusive foi comentado com vc sobre os impedimentos que passamos nessa igreja. Mas infelizmente, acho que já estamos todos cansados de tentar manter um diálogo com tal igreja, lá só há monólogo e imposições. Mas como vc comentou… sem nós não se faz casamento…já passou da hora de agirmos…

Eu estava presente trabalhando com o cerimonial e não vi esta cena. Estou envergonhada e triste por este episódio. Em um outro casamento que fiz lá consegui conversar com o sacristão para que deixassem subir no altar, como não era o Padre ‘chato’ ele deixou…disse: vou fazer vista grossa.
Agora penso, minha missa de formatura será lá, pois, as outras igrejas católicas são pequenas para o número de alunos, ou não possuem data disponível… Isso vai gerar insatisfação…
P.s.: Vinicius, acaso vc falou isto na hora com alguém do cerimonial? Isso prejudica seu trabalho e temos que trabalhar em parceria… Suas fotos lindas e perfeitas evidenciam nosso trabalho…mesmo sabendo que são regras, a gente poderia tentar! Grande beijo.
Foi bom trabalhar com vocês…fiquei maravilhada com vc e sua equipe. Estão de parabéns!

Roberta,

Eu já aprendi a trabalhar com esse tipo de coisa embora não concorde. Também não acho que é culpa de vocês. Acho que vocês em JF devem se unir pois a Igreja da Glória sem vcs não faz casamento. Só isso.

Bjs e obrigado pelo carinho.

olá… me casei dia 21 de abril, em bom jardim de minas.
um dos motivos por ter feito cerimonia e recepção no mesmo local foram as imposições da igreja na minha cidade.
qto as fotos nao haviam, mas acho o cumulo nao poder enfeitar o altar, nao poder fechar a porta para a entrada da noiva e ter q ser apenas musicas sacras na cerimonia…
hj vejo q fiz uma bela escolha, nao tenho do que reclamar do meu casamento e anseio pelas ftos q verei sabado, feitas por bruno e bernardo da blur…

essa ideia de sobrevoar o altar seria mesmo uma otima solução…
parabens pelo seu trabalho

complementando, eu acho que esse é um ponto que o fotografo deveria discutir com os noivos no momento que estiverem o contratando, se de cara ele já ter conhecimento de que a igreja é problemática, passar isso pros noivos.

Eu acho que isso é um detalhe que os noivos deveriam estar atentos.
Quanto mais divulgação sobre esse tipo de problema, melhor.

É isso aí meus amigos, assim somos tratados nas igrejas católicas de Juiz de Fora. Lógico que a igreja da glória de longe é a pior delas. Numa das reuniões sugeri a secretária do padre que diminuisse a distância para que nós pudéssemos aproximar um pouco mais ou caso contrário teríamos que trabalhar com lente para futebol de campo, mas ela respondeu que não dava porque senão poderiam “perder o controle da situação”. Mas lá já foi pior, há pouco tempo atrás havia uma grade para os fotógrafos não se aproximarem mais e tínhamos que ficar atrás das grades e passar a máquina para dentro pela grade e ficar como “presos na cadeia” era ridículo demais, depóis não sei o que aconteceu e retiraram as grades mas mantiveram essa barreira “virtual”. Eu também oriento aos meus clientes para não se casarem lá, mas não tem jeito, tem fila de noivas querendo casar lá, sério, tem gente que passa a noite para garantir o lugar. Quando não tem jeito antes de assinar o contrato eu aviso das dificuldades lá mas na maioria das vezes já está tudo marcado e aí eu faço o seguinte: Conheço as regras de lá, trabalho contrariado, mas trabalho com as condições que me dão. Como disseram, somos tão bem tratados nas igrejas evangélicas. E olha que eu sou católico.

Infelizmente o que se vê, e muito, são fotógrafos despreparados que na hora da aliança avançam sobre o momento como cães famintos, ávidos por registrar o momento, transformando o que realmente é importante, A CELEBRAÇAO em sim, um circo, onde fotógrafos aparecem mais que as noivas. Existem bons profissionais, sim, existem.

Porem durante a celebração a função do fotografo deveria ser registrar o momento, ser discreto, e infelizmente o que vemos são por vezes vários fotógrafos avançando,

Por muitas vezes Vinicius, já vi, PADRES sendo constrangidos pela ação de fotógrafos, despreparados, assim como a patética disputa entre cinegrafistas e fotógrafos, que aparece em vídeos mais que os próprios noivos, e brigas em cima do altar. Discretas, mas que existem existem.

Já fui aluno de sua Escola e certamente um modulo que deveria ser OBRIGATORIO, seria o de ETICA PROFISSIONAL, pra dar um toque nos alunos, em como se portar, respeitar outros colegas, ter uma conversa com cinegrafistas, padres, cerimoniais, e principalmente não sufocar o que é pra ser belo, e por muitas vezes torna-se embaraçoso.

A partir do momento em que existe um cachê o dia é sobre os noivos, e não um dia sobre fotografia.

PS. Lastimavel, comentarios de “essa não é a casa de Deus” – Querem usar essa desculpa, pra um trabalho extremamente remunerdao? “essa não é a casa de Deus” é brincadeira de mal gosto ein.

André, já vi fotógrafos avançarem sim. Se vc ler meu comentário eu disse que há profissionais e profissionais. Há uns que inclusive não deixam a própria família assisitr a cerimônia bloqueando a visão dos pais e parentes mais próximos na primeira fila. Mesmo assim continuo achando abusiva a forma como muitas igrejas tratam os fotógrafos e outros profissionais. Acho que qualquer profissional deve utilizar o BOM SENSO, que na verdade é se colocar no lugar do outro. Se todos nós nos colocássemos no lugar do outro o mundo seria melhor.

É isso. Acho legal a idéia sobre ética. Obrigado pela dica. O problema é que como a fotografia não é regulamentada não há um código de ética. Alguma sugestão?

Aqui em Fortaleza temos uma igreja de mesmo nome e igualmente cheia de regras, não se pode subir no altar, mesanino e já cheguei a ser chamado a atenção por uma funcionária, de maneira agressiva, por estar falando ao celular, não durante nenhuma cerimônia que fique claro, mas aí o que se pode fazer contra toda essa soberba ? nunca fotografei um casameto de clientes meus lá, só freelancer, mas penso que quando esse dia chegar eu vá pedir aos noivos que analizae a possibilidade de procurar outra igreja com o argumento de que as limitações se refletiram nas fotos.

Nilo, desculpe mas acho que celular em igreja e ambientes do tipo é para mim um desrespeito.

Obrigado pela participação.

Vinícius, é isso que nós passamos aqui em Juiz de Fora. E tem mais, você fez o seu cadastro para fotografar na mesma igreja da Glória? Pois eles estão exigindo que nós, profissionais de fotografia, filmagem, cerimonialista, decoração e florista que trabalhamos na igreja da Glória, nos cadastremos para que se acontecer alguma coisa e o fotógrafo ou outro profissional não obedecer as “regras” da igreja, ele não poderá fotografar mais lá. Isso foi exposto numa reunião em que a secretária do padre disse que na igreja da Glória o padre é o dono, ele quem manda e quem não estiver satisfeito a porta da rua estava aberta e saisse quem quisesse. Fica aqui uma simples pergunta que você colocou em seu texto, a igreja não era a casa de DEUS??????
Um abraço,
Marco Almeida

O problema é que como a Igreja já perdeu boa parte do poder que detinha sobre a sociedade nos séculos passados, tenta abusar do pouco que ainda tem. Infelizmente duvido muito que reclamar adiantaria pois não é típico da Igreja Católica aceitar opiniões ou críticas. E não é só pela fotografia, mas por todos os incômodos relacionados. Os padres e bispos se acham representantes de Deus, a autoridade máxima, e ai daquele que questionar suas regras rs.
A Igreja de São Mateus também tem proibições semelhantes, apesar de que você consegue chegar alguns metros mais perto dos noivos, e dependendo do padre até tem mais liberdade, pois alguns entendem que o dia é mais importante para os noivos do que para eles.

Vinicius, no Pateo do Collegio em São Paulo tive uma experiência parecida… mas já fui sabendo antes, porque além de tudo os noivos tiveram que pagar uma taxa para eu poder fotografar na igreja já que eu não fazia parte do “livrinho” (isso já é outra polêmica). E um dia antes me ligaram da igreja para ter certeza que eu estava sabendo de todas as regras. As principais eram, não pode subir no altar e é proibido fotografar durante a homilia e a leitura do livro. E no dia o coroinha fica alí, de olho em vc como se vc estivesse fazendo algo errado e te dizendo agora pode e agora não pode fotografar… Em um momento que podia fotografar eu fiquei parado na frente do altar, bem no centro, fiquei fotografando dalí, sem subir, e de repente ele vem me dizer que eu não podia ficar parado alí, só nos cantos. Fácil né? Nesse post tem algumas fotos: http://lets.ir/JzHPeg E conclusão, foi uma das cerimônias mais diferentes que eu já fotografei, e no dia me senti muito desconfortável em relação a isso tudo. Abs, Danilo.

Danilo, concordo com vc. São Paulo é cheio disso. Começa pela Nossa Senhora do Brasil, Mosteiro São Bento e outras. Além das proibições existem as taxas….tsk…tsk…tsk….

As casas de Deus em SP são caríssimas e só trabalha quem paga. Quem tá dentro fica caladinho e quem está fora fica com medo de falar e não entrar. Mas isso é outro assunto que pretendo abordar aqui também. Tudo isso, além dos baixos preços praticados por profissionais de alto nível me fizeram desanimar de SP. Infelizmente pois é cada casamento mais lindo que o outro.

Bom, de qualquer forma agradeço por compartilhar aqui sua opinião!

Abraços.

Vini,aqui na Argentina a maioria das igrejas catolicas sao chatas e algumas tem até cordinha te afastando do altar, uma das mais bonitas q eu fiz tb ñ podia de frente , nem no altar, portanto eu falo pros noivos q vivo driblando as regras e já tomei fora do padre no meio da cerimonia, mas realmente fico chateada e tento fazer meu trabalho. Acho que isso deveria ser discutivel mesmo. Por sorte nem todas sao assim e tenho padres que também facilitam meu trabalho. Beijo

Sim Adriana, sei que na Argentina é assim. Na Espanha também. Fotografei um casamento em Toledo que eu não podia subir ao altar. A solução foi subir sem o padre me ver. Me sentia como estivesse roubando algo e no entanto estava trabalhando honestamente. Lamentável. É muita pompa! No entanto o verdadeira força vem do exemplo.

: )

E eu desejo, do fundo do coração, que mais do que conscientizar os noivos desse fato (muitos nem sabem), mais do que tentar sensibilizar Padres ou Bispos, espero que os fotógrafos enfim resolvam se unir pra que essa situação mude… Ano retrasado eu, por solidariedade, fui tentar me queixar pra Cúria de Brasilia, e infelizmente, eu não posso formalizar nennuma reclamação, se eu não tenho argumentos pra isso… era preciso que eu tivesse passado por um problema, com uma igreja x, pra q a queixa fosse levada adiante…

Na época, consultei até mesmo artigos de Direito Canônico, e não existe fundamentação pra tais normas… cada Igreja tem sua autonomia, cada Padre tem sua autonomia dentro daquela Igreja.. mas existe uma Cúria, existem formas de se protestar sim.. e somente qdo os fotografos fizerem uma queixa, FORMAL E POR ESCRITO, diante da Cúria ou para o Bispo, essa situação pode deixar de ser um mal estar no casamento ou um lamento com o trabalho a ser feito… somente qdo os fotógrafos, e quem sabe até videografos, se juntarem esse cenário irá mudar.

E sim, eu creio, e muito, que isso possa mudar… pq sao pessoas, como vc, formadoras de opnião, que podem, com atitudes como essa, criar um movimento pra que a mudança venha a acontecer. Independente de já ter passado por esse problema ou não, eu estou disposta a colocar minha assinatura em qqer abaixo assinado, estou disposta a levar copia dessa queixa pra Cúria de Brasília… e se cada um, além de reclamar ou dizer q já passou por isso, se mobilizar, quem sabe as coisas mudam né?

Fico na torcida.
beijo!

Obrigado Rafa,

Você dá show. Adoro suas opiniões. Se todos moverem um pedacinho de palha, no final teremos toneladas dela. Para mim seria muito mais fácil ficar calado e ganhar o meu dinheirinho. Eu sei que me arrisco quando escrevo aqui mas acho que alguém tem que tomar alguma atitude e hoje, na posição que me vejo, me sentiria mal se nada fizesse. Tomara que mais gente pense assim.

Bjs

E muito pior que as proibições, são os atos que afetam diretamente os noivos, num dia tão especial pra eles. Como por exemplo, um casamento que fiz lá em que o Padre que iria celebrar, que por sinal não era o Pároco da Igreja da Gloria, atrasou, atrasando o casamento claro! Lá eles pedem cheque calção em caso de atrasos. Teria um outro casamento as 20hs, esse estava marcado para as 19hs. No final do casamento qdo os noivos ainda desciam as escadas do altar vi uma cena ” tosca”, o camarada lá que deve ser o mesmo que falou com Vinicius Matos, chegou próximo dos músicos que tocavam a música de saída dos noivos, batendo as mãos e ao mesmo tempo abanando-as, falando pra parar a música! Eu fiquei tão passada que por um momento o tempo parou e fiquei olhando perplexa para tamanha falta de respeito. E sabe do que mais, entraram com cheque calção. Ou seja se atrasar a cerimonia é bruscamente finalizada e ainda por cima os noivos ainda pagam pelo atraso! E nesse dia, me vi com os mesmos questionamentos relatados por vc! A casa de Deus,

Pois é Carmelita. Vocês, fotógrafos de Juiz de Fora poderiam se unir. Para mim que não trabalho aí sempre, fiz só apenas 2 casamentos, não muda muito. Mas para cada noivo sim, faz diferença e para vcs que moram aí e tem que lidar sempre também.

Bjs

Os fotógrafos daqui de Juiz de Fora ficaram putos quando eles lançaram essa palhaçada… Teve até reunião com a igreja mais não adiantou de nada…!

E deixaram vc fotografar lá sem fazer o cadastro??? não sabia… todos os profissionais que lá trabalham devem enviar cópia do RG e CPF para um email para que a administradora da igreja saiba quem estará trabalhando no dia do casamento…os noivos não te entregaram a lista das orientações da igreja, como por exemplo que vc deve ficar prioritariamente de um determinado lado da igreja pois o outro lado é dos músicos? o buraco é mais fundo e o diálogo inexistente…Acho também que cabem aos noivos a escolha, se eles se sujeitam a essas regras, temos que explicar que o nosso trabalho será muito prejudicado e eles decidem.

Sou fotógrafo de JF e sempre tento convencer as noivas a não casarem na Igreja da Glória – apesar de que existem outras na cidade com proibições semelhantes. Ela tentou criar um sistema de que só profissionais cadastrados trabalhariam lá, mas felizmente não vingou. Inclusive um dos argumentos foi de um fotógrafo local em defesa dos colegas de outras cidades, que não saberiam sobre essa lei absurda.

Vai entender né Vinícius! Temos grandes exemplos para isso não acontecer… Sempre nos surpreendemos com os seres humanos!

Passei por uma situação idêntica no dia 28 de abril . Corta qualquer clima de criatividade a partir desse momento e quem sofre com isso são os noivos .

Humpf… pequenos poderes 🙁

Sempre falei o mesmo e as pessoas acham que exagero! Os pastores /celebrantes nos recebem com um sorriso no rosto, colocam as alianças na mão e até viram pro nosso lado pra gente fotografar. Isso nos dá tranquilidade pra fazer nosso trabalho que, de fato, precisa de tranquilidade. É desgastante fotografar olhando pros lados, pro chão, pra cara mau humorada do padre. Uma boa exceção da Igreja Católica é o padre Fernando da Igreja Loyola, que adora os fotógrafos, é simpático, conversa, cochicha no ouvido dos noivos enquanto eles estão fazendo a assinatura: “olha pra fotógrafa! olha!!”, e mais, ele mesmo faz questão de tirar uma foto com os noivos em todos os casamentos. E acredito, mesmo, que ele tem muito menos dor de cabeça que outras igrejas cheias de regras e vigilância. Existem fotógrafos com postura questionável, mas e aí? O trabalho de todos (e as fotos do casal) ficarão comprometidos por conta de uma minoria?

Minha esperança, é que esse post voe longe e alto…
Chegue aos olhos e ouvidos de muitos que não entendem a importância do nosso trabalho.
Tanto para os noivos quanto para a própria igreja.

Sábias palavras, meu caro.

Me deparamos com situações como essas por aqui na cidade onde trabalho. Teve ocasiões onde fomos constrangidos na frente de todos, pelo padre que dava ordem para que parecemos de fotografar. O constrangimento nos bloqueia de fato, a educação e descrição devem prevalecer em um rito. Obrigado por abdicar de seu tempo.

Marcel Collares

Vinícius, uma sugestão: vc não pode ir ao altar, certo?! E se a camêra pudesse?! Ex.: lembra na posse da Dilma em que os fotógrafos colocaram cameras em um suporte, no alto da rampa do palácio do planalto, criando um novo ângulo que ainda nao havia sido fotografado (a presidenta subindo a rampa)?
Fica a sugestão!
abs
Marcel

Marcelo, nemo tripé pode ir no chão brilhoso, nesse caso. E mais, não sei fotografar com tripé e nem desejo aprender. Sou muito agitado. hehehehe. Preciso da cam nas mãos. Fotografia pra mim é o fotógrafo em movimento e não uma câmera estática.

Volte sempre!

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