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Obviamente ninguém vê igual a ninguém. Somos indivíduos e por mais que nos esforcemos, nunca iremos enxergar o que o outro enxerga, sentir o que o outro sente e cada um tem uma relação particular com a vida e obviamente cada fotógrafo vai tomar a sua decisão na hora do clique.

Um dos meus aprendizados recentes entender melhor a forma como o meu CLIENTE VÊ. Basta perguntar, basta aferir suas expectativas. É preciso trancar nosso ego para poder atender melhor.

A fotografia de casamento é comercial e não autoral. Custei a entender isso. Por mais que eu possa ter um grau de liberdade relativamente grande, que sempre é acompanhado de responsabilidade, lógico, eu hoje quero em primeiro lugar descobrir o que o meu cliente gosta e espera de mim. E mesmo que eu não divulgue as imagens que fiz só para ele, eu as faço com o maior prazer.

No fim de cada sessão eu pergunto assim:

– Tem alguma foto que você quer? Tem alguma ideia que você teve? Alguma sugestão? Faltou alguma coisa?

Isso não custa nada. Aliás, custa muito. Custa a fidelização, conexão, amizade, confiança. Quanto mais me devoto ao cliente mais confiança gero, maior o vínculo criado e no final todos nós saímos mais satisfeitos.

Já dia do casamento, um primeiro fotógrafo bem treinado na minha equipe faz esse papel de acompanhar e superar as expectativas dos noivos e suas famílias enquanto eu trabalho com maior liberdade,  crio mais, erro mais e mostro os noivos a minha versão da história. Afinal, foi por isso que eles me contrataram.

Voltando as sessões, eu sempre fotografo só, e por isso eu faço os dois papéis. Não me custa absolutamente nada. Aliás, custa a satisfação daquele que é a razão da minha existência, como profissional, o meu chefe, o cliente.

É simples, eu criei uma chavinha imaginária, que hora está virada para  “visão do cliente” hora virada para “visão do Vinícius”.

No início foi muito difícil trocar o ” Vini mode” para o “Bride mode”. Tive até que utilizar uma câmera diferente (A FUJI XT1) que avisava ao meu cérebro, quando eu estava com ela nas mãos, que eu estava livre para criar. Posso afirmar que era estranho mas funcionou. Eu me sentia cada vez mais livre com ela.

Hoje, um ano e meio depois, eu tenho conseguido fazer isso sem trocar de câmera. O cérebro já foi treinado e condicionado. Já não preciso mais de mudar a ferramenta para mudar a forma que enxergo. Ficou mais fácil.

No entanto, quando fica fácil é sinal que já chegou a hora de pensar no próximo passo. E como gosto de dizer… Nós não saímos da zona de conforto mas simplesmente migramos de zona de conforto. E que assim seja sempre.

O problema maior é quando debaixo do cobertor é bem quentinho e não conseguimos mais sair. Morrer dormindo não deve ser tão bom assim como dizem.

Tenham todos um bom dia!

Comentários

Muito bom esse texto, fácil de entender, rápido de ler é fácil de praticar! Tanto o trato ao cliente como a evolução na prática fotográfica. Obrigado Vinicius!

victor santa vica

Espetacular Vinícius seu ponto de vista. Temos nossa visao sobre o mundo, de acordo com nossas experiências, aprendizados e ninguem tem a mesma percepção igual ao outro. Assim entendemos nosso papel como fotógrafo x cliente. Saudades dos seus posts

É bem assim que eu vejo mesmo…
Os fotógrafos de hoje apenas querem ser fotógrafos e esquecem que eles também precisam ser empresário, administradores, vendedores, gerentes e tudo que uma empresa “convencional” precisa para funcionar. O ideal é colocar na balança de precisão a arte e o negócio, o resultado será um artista que vive feliz e ainda ganha dinheiro com isso.
Grande abraço!

Cara esse texto está muito legal, enxergo muito além da antítese usada no título. Identifico sua preocupação com seu “chefe” e principalmente conosco, o público que segue seu trabalho. Achei interessante ler que os noivos são seguidos por um fotógrafo mais experiente da sua equipe e de que aí então você, provavelmente, liga o “Vini mode”. rsrsrs. Parabéns!

Excelente matéria. Sempre pensamos que somos bons em nossos cliques e ignoramos a visão do cliente. Estou estudando para iniciar neste mercado de casamento e sempre pensei que os noivos deviam ter a minha visão deles, quando na verdade posso tirar o melhor da visão dos noivos e tornar meu trabalho único. Parabéns pelo site.

Parabéns Vinícius!. … essas duas palavras resumem o que vc escreve com grande maestria. Concordo com vc, que fotografia de Casamento não é Autoral, porém não posso dizer que seja comercial, prefiro dizer se seja cultural. Ao passo que vivemos em uma cultura, precisamos documentar e registrar ela de acordo com seus costumes… e assim, automaticamente ela passa a ser algo plausível de compreensão massiva e assim aceita e compreendida, e consequentemente se torne comercial, pois é preciso vender para sobreviver. Ao passo que buscamos algo “autoral” que acho que não existe mais…ainda mais se falando em fotografia onde tudo já foi feito e refeito,… não acredito que consigam explanar e exemplificar algo autoral hoje em dia… afinal, como saber que a sua foto “autoral” não é a “autoral” de um fotógrafo do início do século e que nos mesmos nunca vimos e nem temos conhecimento, e ou mesmo de um fotógrafo de moda, artista… enfim,… concordo com vc e mais, sigo a mesma regra. Faço e clico para meus clientes, e sim, coloco meu olhar sobre eles, porém… minha autoria não significa que seja algo excepcional… posso ser autoral no modo que trabalho com a Luz, na minha composição, abertura… e que tb, será e há já foi usada por alguém em determinado momento e ou época… Fotografo para mim, pensando no cliente… de que adianta eu ter uma foto mirabolante mas sem sentido?… Gosto da fotografia verdade, da fotografia que converse comigo…que me diga que eu fiz algo por alguém… não sou holofotes… talvez por isso, me esconda atrás de minha câmera, afinal minha autoria se torna autoridade no quesito apertar o botão… nem que para isso, precise anos e anos de erros e acertos, para que enfim possa me justificar dizendo que sou Fotógrafo.

Grande abraço! André Sheffer

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